sábado, 26 de dezembro de 2009

O QUE É PERDOAR?

Perdoar é cobrir a falta do outro e removê-la de dentro de nós, como faz o sangue de Jesus sobre os pecados de todas as pessoas. É o sangue de Jesus quem nos limpa dos erros cometidos, quem remove a nossa culpa, quem nos purifica e quita o nosso débito para com o Pai Eterno. Assim também faz o perdão que concedemos a alguém que errou contra nós. Nosso perdão envolve o outro em lençóis do nosso amor, absorve o erro que ele cometeu fazendo-o desaparecer do centro do nosso consciente, passando a ser apenas um fato na história da nossa vida, um arquivo sem tanta valia.
Perdoar remove a dor da ferida causada pela ofensa, e nos capacita a lembrar do ocorrido apenas como uma experiência vivida por nós, em um momento de nossa existência. Perdoar não causa amnésia, não faz banir de dentro de nós o registro do fato. Quem perdoa se lembra do ocorrido sim, mas sem tanta freqüência, e sem pesar. Quem perdoa se lembra sem dor.
Perdoar é soltar o outro e deixá-lo ir livre na vida para ser uma pessoa diferente, se quiser sê-lo. Se não o for, o problema não é nosso, é dele. Jesus nos ensinou a como lidar com as ofensas. Ele, do alto da cruz, olhou para os seus algozes e declarou em muito amor: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Estevão, o primeiro mártir do cristianismo, quando estava sendo apedrejado até à morte declarou em suas últimas palavras: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”.
Tanto Jesus quanto Estevão nos ensinam que perdoar encerra o assunto. Ninguém tem o direito de ficar lançando em rosto do outro o seu erro, após ter declarado perdão. Quando se perdoa, a falta é quitada e a dívida deixa de existir, logo não há porque ficar remoendo a ofensa, ou lançando-a na face daquele que errou. Quando Deus nos perdoa um erro cometido não fica nos acusando daquilo de que fomos perdoados, porque diante dele o erro não mais existe. Assim também deve ser conosco ao perdoar a alguém os seus erros.
Perdoar quebra correntes. Quando somos ofendidos e não lidamos com a situação através do perdão, nós ficamos amarrados pela mágoa, pelo ódio, pelo sentimento de vingança e nossa vida perde a graça, perde a doçura, ficamos amargos. O ofensor, por sua vez, já está amarrado pela corrente da culpa. E agora, não estão apenas presos em si mesmos, estão também amarrados um ao outro, porque o ofendido prende o ofensor a si pela lembrança magoada do ocorrido, e pelo estado interior de ressentimento. Além disto, ambos estão acorrentados pelos poderes do mal. Mas, quando a situação é tratada através do conceder perdão a libertação acontece, porque a corrente mental, emocional e espiritual se quebra. O Mestre dos mestres nos ensina ao dizer: “Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem e serão perdoados”. Quem perdoa se desamarra, e desamarra o ofensor.
Perdoar e livrar-se do apodrecimento. Na antiguidade, os assírios tinham o hábito de tratar os vencidos na guerra com grande perversidade. Ao se sentirem senhores da situação, eles faziam da população derrotada refém, e começavam a tratá-la perversamente. Amarravam corpos mortos nas costas dos vivos e os deixavam caídos ao chão. Os corpos mortos inchavam, apodreciam, eram comidos por bichos que as moscas geravam. E os vivos tinham também seus corpos comidos pelos morotós, e em grande sofrimento agonizavam em apodrecimento. É exatamente isto o que acontece com as pessoas que são atingidas danosamente por outrem e não perdoam ao ofensor. Morrem podres, corroídas pelos dentes da mágoa e do ódio, e definhando descem à sepultura em grande dor. Quando perdoamos aos desafetos cessa o nosso apodrecimento, e nos tornamos pessoas saudáveis e belas.

Perdoar é livrar-se do ódio. “Ódio não adianta. O ódio come a gente”. Foi o que declarou o senhor Massataka Otta, em sua primeira entrevista à Revista Veja, falando sobre o seqüestro e assassinato do seu filho Ives pelos seguranças contratados para proteger sua família. Era como ele se sentia naqueles dias: um homem corroído pelo ódio. Isto permaneceu até ao dia em que se encontrou frente a frente com aqueles homens, e lhes declarou perdão. Ódio é grangrena que faz apodrecer, é câncer que corrói a pessoa e a mata. A palavra ódio na língua hebraica significa “mau cheiro”. É exatamente este o odor daqueles que abrigam tal sentimento em seu interior. Quando verdadeiramente liberamos perdão a quem nos atingiu, em nossa vida cessa o mau odor, porque o nosso apodrecimento também cessa. Ao perdoar retiramos o sentimento de ódio de dentro de nós, a lepra roedora desaparece, e a vida volta a sorrir.

Perdoar é bom para o ofensor, mas é melhor para o ofendido.



( Autor: Apóstolo Rubem Cavalcante)
terça-feira, 1 de dezembro de 2009

DERROTANDO A MÁGOA


Quando alguém é atingido de forma danosa por outrem, geralmente a sua primeira reação é de ira e explosão em forma de palavras quase sempre amaldiçoadoras. É o sentimento de decepção, de frustração, de revolta, de inadequação se manifestando de forma violenta, pelo fato da pessoa ter-se sentido violentada. Mas, além da ira se manifestar em forma de explosão, ela pode também se manifestar em forma de implosão. Ou seja: além de explodir para fora, um grande grupo de pessoas explode para dentro de si mesmas também. É a mágoa. Mágoa é ira implodida. É a ira se manifestando para dentro da pessoa ferida. Como em toda explosão acontecem danos diversos, também há danos vários naquele que estoura para dentro de si mesmo. Toda bomba tem em si grande potencial de destruição.
Todo aquele que é ferido e preserva-se magoado carrega o ofensor dentro de si como um morto, em forma de lembrança ressentida e magoada. Quem transporta morto é caixão de defunto; e todo morto é depositado numa sepultura, no cemitério e apodrece. Logo, conclui-se que as pessoas que são atingidas danosamente e que não tratam da questão de forma adequada, se transformam em caixão de defunto, em sepultura, em um cemitério. Como em terra de sepultura só há apodrecimento, o magoado e ressentido também apodrece, cheira mal, adoece e morre em grande sofrimento.
Não estamos com estas considerações dando razão ao errado, ao ofensor, não. Pelo contrário: entendemos que erro é erro, e que deve ser tratado adequadamente, a fim de que não fiquem seqüelas graves. Mas a nossa proposta é de tratamento e cura do ferido, para que lhe seja restaurada excelente qualidade de vida. O que estaremos propondo ao longo destas reflexões neste programa é uma ajuda às pessoas, a fim de que consigam administrar melhor as situações adversas, ao ponto de não perderem a beleza da graça da vida.
Há pessoas que, por não conseguirem lidar com a dimensão do sentimento de ferida e dor, se recolhem em sua tristeza, na decepção e no ressentimento ficando prisioneiras em si mesmas, sem jamais conseguir sair da cadeia, e em consequência disto se deprimem, às vezes em dimensão profunda. Na depressão o viver perde o sentido; existir deixa de ser agradável e desejado; morrer se torna o grande desejo. É como se elas estivessem querendo se libertar de um fardo indesejável e grandemente pesado. Só que morrer, não remove mágoas, não restaura relacionamentos, não traz lucros, não resgata prejuízos, não estabelece vitória. O melhor, portanto, é tratar das questões que causam tormento e prosseguir vivendo com qualidade.
O maior problema das famílias e das empresas é a presença de conflitos entre os seus integrantes. A maior dificuldade para a solução dos conflitos é se conseguir que as pessoas queiram abrir mãos das mágoas e ressentimentos e declarar perdão aos desafetos. Quando se consegue que ofensas sejam perdoadas, o triunfo é geral. Triunfam as famílias, triunfam as empresas, triunfam as pessoas, e o bem coletivo é resguardado da destruição.

Para resolver a questão das ofensas e das feridas é fundamental lidar com a situação danosa o mais rápido possível, para que não haja maiores prejuízos.
O nível de saúde física e mental de uma pessoa é proporcional ao tempo decorrido entre a ofensa causada e o perdão liberado. Quanto mais rápido se tratar da situação e se declarar verdadeiramente perdão ao ofensor, mais saúde se terá. Saúde nas emoções, saúde nos sistemas de pensamentos, e saúde no corpo. E em quem a saúde impera há bom nível de equilíbrio, tranqüilidade e paz. Até o organismo declara-se muito agradecido, por não ter que trabalhar em sofrimento e ser destruído.

Como lidar com a questão das ofensas, das feridas e das mágoas?

A regra geral é esta: O ofensor deve reconhecer o seu erro e procurar o atingido para, em conversa sincera, reconhecer a falta e pedir perdão. Ao ofendido cabe tratar da situação numa conversa amadurecida e declarar perdão ao ofensor. Ao fazer isto está quitando o débito que o outro tinha para consigo. Caso o ofensor não o procure para encaminhar solução para o problema, cabe ao ofendido procurá-lo, se entender que este será o caminho viável, mas, sem o direito de usar a metralhadora do xingamento; deve tratar da situação, colocando os pontos devidos com clareza, sem ofensa, sem desforra. Se o ofensor não vier se retratar e buscar o perdão, ou se o atingido entender que não será viável o encontro, por uma questão de atitudes violentas do ofensor, o ideal é que este libere perdão a quem lhe causou dano unilateralmente. Isto é: de cá mesmo deve abrir a boca, derramar o coração e declarar perdão a quem lhe causou dano. Esta atitude não significa falta de vergonha como muitos dizem, nem subserviência, é uma expressão de humildade e nobreza de caráter, que visa destruir aquilo que poderia destruí-lo, a mágoa. Ao perdoar, o ofendido está tratando de si mesmo, cuidando de sua saúde, lidando com o seu bem estar, para não apodrecer e morrer em grande sofrimento.
Perdoar logo a que nos ofender é o melhor caminho para se viver de maneira saudável.

Jesus é o maior exemplo de concessão de perdão a alguém. Ultrajado e violentado olhou para os seus algozes e disse: “Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”. E nos deu uma aula brilhante após sua ressurreição. Ao apresentar-se aos apóstolos que estavam trancados numa casa, com medo dos judeus, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”(João 20:22,23).
Com esta expressão O Mestre Jesus nos ensinou que está conosco o poder de soltar o ofensor ou de continuar prendendo-o. A escolha é nossa. Perdoar é bom para o ofensor, e é melhor para o ofendido.
Voltaremos a este assunto no próximo programa, se Deus quiser.


( Autor: Apóstolo Rubem Cavalcante)

Sobre mim

Ap. Rubem Cavalcante Vitória da Conquista - BA

Nascido em 16 de Maio de 1944, na cidade de Coaraci – Ba. Licenciado em Filosofia. (pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Itabuna, hoje Universidade Santa Cruz). Professor aposentado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Fundador e Presidente da Igreja Ministério Comunidade do Deus Vivo, juntamente com o Pastor Valmir Ventura de Oliveira, no dia 02 de Julho de 1993. Consagrado ao Ministério Pastoral no dia 26 de Junho de 1994. Consagrado ao Ministério Apostólico no dia 31 de Outubro de 2008, pela Rede Apostólica Aliança, liderada pelo Apóstolo Jesher Cardoso. Cantor,Compositor, escritor e Preleitor.

Agenda 2010

Em 2010 teremos:
"Como em Pentecostes": Um encontro de avivamento
De 10 e 11 de abril
Tema: Marcados pela Glória de Deus
palestrantes:
Pr. Rito Gomes , Igreja Casa da Bênção
Pr. Martinho e Pastora Jane
(Lideres da Igreja Restauração e Unção Profética em Feira de Santana)

Terceira edição de um poderoso encontro, onde o fogo de DEUS irá descer sobre nossas cabeças.

Retiro Espiritual
30 de abril a 2 de maio.
Tema: " Atraidos pela Presença, marcados pela Glória
Palestrantes confirmados:
Ap. Edilson da Silva Santos,(Ig. Nova Sião)
Ap.Rubem Cavalcante( Comunidade Do Deus Vivo)
Pastora Noelma (Ig.Tabernáculo)
Pastora Zélia,(Ig. Shekinah)
Pr. Rito Gomes ,( Ig. Casa da Bênção)

Seminário sobreLouvor e Adoração
Ministro:Ap.Rubem Cavalcante

II Congresso de Intercessão
28 a 30 de maio.
Ministro: Profeta Santos.


XVII Aniversário da Comunidade do DEUS Vivo
Ministério de Vitória da Conquista - BA
27 de junho a 4 de julho

I Imersão Total Bahia em Vitória da Conquista - BA
29 a 31 de julho.
Local: Ginásio da Igreja Batista Nova Sião
Igrejas envolvidas na realização, Comunidade do Deus Vivo, Missionária da Fé , Igreja Batista Nova Sião.


III Congresso Geração de Adoradores
Ministro: Ap. Nailton Gomes da Silva

Juventude El Elyon

Juventude El Elyon
Uma juventude de Pactos